Comprometido com a transformação social por meio do esporte, o professor Heli Guimarães tem se destacado em projetos educacionais e comunitários na região norte de Palmas, com atuação na Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Cora Coralina, onde o projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto Nação Rap. Voluntário desde a fundação do Instituto, Heli Guimarães sempre esteve à frente das aulas de jiu-jitsu, aliando prática esportiva e educação, alcançando mais de 70 crianças e adolescentes tanto da escola como da comunidade.
A trajetória do professor Heli Guimarães no projeto começou ainda na ETI Luiz Gonzaga, onde ele atuava exclusivamente de forma voluntária, organizando e ministrando aulas de jiu-jitsu para estudantes de escolas da rede municipal. “Mais do que ensinar um esporte, o que a gente faz aqui é formar caráter. Falamos de disciplina, respeito, empatia e fé. Cada treino é uma oportunidade de ensinar isso na prática para nossas crianças”, afirma o professor.
Obstinado a seguir carreira de professor, já que é formado em pedagogia, Heli Guimarães se dedicou e conquistou seu sonho ao ser aprovado no último concurso da Educação de Palmas, sendo lotado na mesma unidade educacional onde já atuava como professor voluntário, a ETI Cora Coralina. Mesmo com a carga horária oficial da escola, ele continua atuando voluntariamente pelo Instituto Nação Rap, mantendo o compromisso com o projeto social que ajudou a fundar e a consolidar.
A aprovação no concurso da Educação proporcionou transformações significativas na atuação do professor. “A presença do propósito, elemento central, permanece, mas a mudança reside na forma como o propósito se manifesta, especialmente no que diz respeito à minha atuação na escola, tanto como professor titular quanto como participante do projeto. Essa nova configuração permite um contato mais próximo com os alunos e suas famílias, o que, por sua vez, favorece o desenvolvimento e o aprimoramento do projeto como um todo”, declara.
Davi Oliveira Barnabé, 15 anos, é aluno desde o mês de março, quando se mudou do Maranhão para o Tocantins. Estudante da ETI Luiz Gonzaga, é faixa azul e atua como colaborador do professor nas aulas. “O jiu-jitsu representa uma segunda casa, um espaço onde eu me encontro, em meu tempo livre. A mudança para o Tocantins me deixou um pouco apreensivo, mas logo conheci o trabalho do professor Heli e adorei o local, percebi que aqui tem muitos alunos começando, com graduação de faixa branca, o que é positivo. Isso me permite aprender ensinando, e ainda adquirir mais experiência”, declara.
Estrutura do projeto
O projeto oferece aulas gratuitas de jiu-jitsu, futsal e futebol três vezes por semana — às segundas, terças e quartas-feiras. As atividades envolvem estudantes da ETI Cora Coralina e de outras escolas próximas, atendendo crianças e adolescentes com idades entre sete e 17 anos. O Instituto Nação Rap também oferece apoio para que os alunos participem de campeonatos, além de contribuir com uniformes e quimonos, garantindo a permanência dos jovens na atividade, independente da condição financeira.
O Instituto Nação Rap e o trabalho do professor Heli são exemplos de como educação, esporte e comunidade podem caminhar juntos na construção de oportunidades reais para a juventude. “Nosso desejo é construir um legado duradouro. Não adianta nada a gente construir algo hoje que não possa perpetuar e o jiu-jitsu transcende a formação de campeões. Muitas dessas crianças encontram aqui, no esporte, não só um lugar para treinar, mas também para sonhar e construir um futuro melhor”, afirma.
Texto: Juscelene Melo
Edição:Denis Rocha
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