A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), por meio do programa Acre Pela Vida, realizou entre os dias 13 e 16 de outubro uma série de ações do projeto Segurança na Escola, na região do Alto Acre. A iniciativa alcançou escolas em municípios como Brasileia e Epitaciolândia, promovendo uma programação voltada à promoção da cidadania, prevenção à violência e valorização da infância e juventude.
Durante os quatro dias de ação, as comunidades escolares participaram de atividades lúdicas, palestras educativas, exposições de materiais das forças de segurança, oficinas de cidadania, apresentações do canil da Polícia Militar, rodas de conversa com professores, pais e alunos, além de um torneio de futsal. Uma das ações mais emocionantes foi a entrega de cerca de 500 brinquedos para crianças, promovendo um momento de alegria e solidariedade.
Segundo o coordenador da ação, Marlon Rocha, o projeto já faz parte do planejamento anual do programa Acre Pela Vida, que busca integrar as forças de segurança à comunidade escolar de maneira preventiva e educativa.
“A gente percebe realidades muito diferentes nessas escolas, crianças que muitas vezes não têm o mínimo em casa. Então, levar um pouco de alegria, atenção e cuidado para elas é um passo importante. Além disso, mostramos que é possível tirar essas crianças de um ambiente de marginalização, dando a elas novas perspectivas de vida. Essa é a verdadeira missão do Acre Pela Vida”, destacou Marlon.
Ele destaca, ainda, que a iniciativa Segurança na Escola mostra que é possível promover transformação social a partir da união entre políticas públicas, educação, esporte e cidadania. “O programa Acre Pela Vida segue como um importante instrumento de construção de um estado mais justo, seguro e com oportunidades reais para as futuras gerações”, complementou.
Durante a programação em Brasileia, a equipe do programa conheceu o trabalho inspirador do professor Francisco França, que desde 2024 desenvolve voluntariamente um projeto social que oferece aulas gratuitas de futsal para cerca de 120 crianças, com idades entre 5 e 17 anos.
“Esse trabalho que eu faço é para tirar as crianças do mundo do crime. É um incentivo para um mundo melhor para elas. Esse é meu trabalho aqui em Brasileia”, disse o professor emocionado.
O impacto do projeto na comunidade foi tão significativo que atraiu outros voluntários, como Deurizete Silva, pai de um dos alunos da escolinha. Ao conhecer a iniciativa de Francisco, ele decidiu não apenas inscrever o filho, mas também se tornar parte ativa da equipe.
“Nós treinamos todas as terças e quintas, das 17h às 19h. Aqui nós tiramos as crianças das ruas, do celular. E não treinamos só futebol, falamos sobre educação, respeito com os colegas e convivência. É um espaço de crescimento”, explicou Deurizete.
Entre os participantes do projeto está o jovem Carlos Daniel D’Ávila, de 12 anos, que sempre sonhou em entrar para a escolinha de futsal. Sua trajetória é um exemplo do poder transformador da educação e do esporte.
“Desde o início da escolinha eu já queria participar, só que minha mãe não deixava. Aí depois de um tempo ela deixou, e daí em diante eu passei a melhorar minhas notas na escola e fiz mais amigos”, contou, com orgulho.
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