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Omar Aziz no Tabuleiro Nacional: Quando a Vingança é Ser o Pillar do Lula em Brasília

Eduardo Braga comanda o interior. Seu nome é sinônimo de rede política, estrada, investimento, rendimentos e influência na estrutura federal — a espinha dorsal da Zona Franca, a ponte — quase literal e sempre metafórica — que conecta o Brasil ao coração da floresta. Wilson Lima carrega a legitimidade da máquina estadual e o selo inquebrável da maior votação da história local. Mesmo sendo um ex-aliado de Bolsonaro, o Planalto aposta que seu recall eleitoral contemporiza com o eleitor convicto.

23/08/2025 às 18h36
Por: Adão Gomes
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Omar Aziz no Tabuleiro Nacional: Quando a Vingança é Ser o Pillar do Lula em Brasília


Por Adão Gomes

Há algo de elétrico e quase teatral, hoje, nas engrenagens políticas do Amazonas. No centro desse furacão, um nome domina: Omar Aziz. Brasília o reverencia — e isso não é hipérbole. Ele virou figura de autoridade, de ponte entre alas e líder de fato. Mas há uma faísca de picardia nesse cenário político: a disputa entre o que Brasília quer e o que o Amazonas deseja, com o senador Aziz entre os dois pólos.

O plano de campo projetado por Lula é brutal na sua frieza e brilho estratégico. O presidente não quer apenas uma senadora ou um senador do Amazonas — ele quer dois, e aliados ao Planalto. O desenho de poder é cristalino:

Eduardo Braga comanda o interior. Seu nome é sinônimo de rede política, estrada, investimento, rendimentos e influência na estrutura federal — a espinha dorsal da Zona Franca, a ponte — quase literal e sempre metafórica — que conecta o Brasil ao coração da floresta.

Wilson Lima carrega a legitimidade da máquina estadual e o selo inquebrável da maior votação da história local. Mesmo sendo um ex-aliado de Bolsonaro, o Planalto aposta que seu recall eleitoral contemporiza com o eleitor convicto.


Braga no Senado retê-lo como vencedor no interior. Lima, na outra vaga, garante um eleitorado urbano e moderno. A sinergia perfeita para Lula não é ter apenas dois senadores amazonenses — é ter dois senadores soldadinhos fiéis à base federal, impermeáveis à artilharia conservadora. Mas isso requer liderança, espírito de mando e, sobretudo, articulação — o que nos traz a Aziz.

O jogo de Aziz: troca um mandato estadual por fama nacional de novo-rico político?

Efrain Souza, vosso nome! Aziz enfrenta uma encruzilhada que mergulha no âmago da ambição política: abrir mão de uma eleição com alta chance de vitória no Palácio Rio Negro — o que muitos chamariam de ‘retorno triunfal’ — por um lugar cativo na gênese do projeto lulista em Brasília. Mas não é sacrifício.
É, em alto grau, uma troca de troféus:

1. Legado ampliado: estar no governo estadual em 2027 é bom; ser peça-chave em 2026–2030 em Brasília é épico. Aziz tem DNA político, mas também audiovisual: ele é narrador e protagonista — figura valorizada por PT e independentes em disputas nacionais.


2. Porta ministerial ou palaciana: o Planalto, se estiver convencido que Aziz entrega os dois senados, terá todos os incentivos de oferecer-lhe alçapão de poder — Casa Civil, externo ou até mesmo comando estratégico de um superministério regional. A pergunta é: quem rejeita esse convite?


3. Plataforma para 2030: quem resolve conflito, planta maioria no Senado e equilibra forças ganha lugar de fala decisiva em eventuais sucessores de Lula — ou na própria sucessão. E isso, amigo leitor, vale história, reverência e voto quando muitos estiverem desgastados.

 

Ou seja: para Omar Aziz, o combustível desta engrenagem é visão de longo prazo e reconhecimento institucional. Porque, convenhamos, governar por quatro anos é um troféu. Mas sobreviver à política brasileira e emergir com centralidade após 2026? Isso é outro patamar.

Riscos — E vamos brincar com eles num tom de picardia?

Toda jogada política esperta é sinuosa e, sim, cheia de cascas de banana. No entanto, a arma de David Almeida — com sua base em Manaus e sua máquina municipal potente — é uma torpedo silenciosa, nervosa e letal que opera em paralelo. Ele já tem escudo contra eventual fratura política. Vamos aos riscos:

1. Wilson Lima: entre torcida e desconfiança

Ex-aliado do bolsonarismo, Lima carrega “péssima fama moral” entre o núcleo lulista radical. Se a narrativa do pacote político for mal costurada — sem compromisso claro com meio ambiente ou direitos indígenas — pode haver replicação do “Ciro-no-PSDB”: legítimo na urna, mas rejeitado por setores gênese do lulismo.

2. Eduardo Braga: não é “capacho” de ninguém

Um dos políticos mais experientes e influentes da região, Braga não só envelheceu bem como aprendeu o jogo. Ser “puxado” num plano pode gerar ressentimento. Ele quer protagonismo — e não ser um coadjuvante dourado. Uma má costura neste ponto e o tripé explode. Divide papéis, divide vitórias e evita linguagem hierárquica — essa é a cola que mantém o time unido.

3. Eleitor rebelde e impaciente

Pensar numa via única de “máquina manda” é romantismo de marqueteiro. O eleitor amazonense sabe diferenciar governo, senador e operador federal. Se qualquer um — seja Aziz, Braga ou Lima — parecer apenas “funcionário de Brasília”, o voto vai no ralo. Sutileza, discursos claros, entrega local concreta — eis o antídoto.

O palco socioeconômico: o must da jogada

Ah, mas a jogada não é apenas política. O Amazonas é a vitrine global de Lula:

A Zona Franca de Manaus, pulsante de empregos, investimento e inovação, é a joia da coroa da economia regional e uma referência de política pública nacional. Um voto favorável no Congresso sobre incentivos fiscais, renovações de lei ou arranjos tributários faz diferença na cadeia produtiva direta e na percepção do investidor.

A BR-319 e o manejo ambiental amazônico atraem os olhos do mundo. Quem segura a narrativa nesse tabuleiro ganha credibilidade internacional.

E ainda está a crise social: cidades com dependência de programas sociais e desindustrialização precoce. Ter senadores comprometidos com olhar social eficiente muda a vida de milhares.


Braga, Lima e Aziz, se trabalharem alinhados, não carregam apenas votos — carregam a chance de turbinar o Brasil na pauta ambiental, de bioeconomia e industrialização sustentável. Um triplo abraço político-econômico com reflexo nacional e internacional.

Conclusão: O tabuleiro está pronto — Aziz não pode perder a vez

Estamos em 2025, e a jogada de mestre de Lula é clara: montar no Amazonas uma força que combine capacidade eleitoral com articulação institucional. Omar Aziz tem a bússola, a rede e a visibilidade. Ele pode, se quiser, desempenhar o papel do fiador que entrega dois senadores aliados e sai como figura central em Brasília.
Mas, amigo leitor, se ele ousar, não só garante papéis decisivos em Brasília — como também abre ainda mais espaço para David Almeida, que tem a máquina da capital e o peso urbano. Almeida reina em Manaus. Aziz domina Brasília. Braga movimenta o interior. Lima fecha o ciclo administrativo.
Esta é a narrativa: arriscada, fascinante, sedutora e irresistível para quem sabe ler o jogo de poder. Omar Aziz pode até perder o governo do Amazonas. Mas pode ganhar — ou reafirmar — o direito de ser a alma política do Norte no Brasil.

E isso, minha gente, é picardia política elevada à enésima potência.

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