Uma gestão escalável: a estabilidade que projeta David Almeida e a sinuca de bico entre Omar Aziz e Eduardo Braga.
Artigo opinativo
Antes de qualquer leitura enviesada ou interpretação precipitada, é preciso deixar claro: este é um artigo opinativo. Não falo em nome de partidos, coligações ou estruturas de poder, mas em nome do direito legítimo de opinar, com base em dados, escuta popular e observação direta da cena política. Vivo esse ecossistema, analiso seus movimentos e respeito — profundamente — os três nomes que cito aqui: Omar Aziz, Eduardo Braga e David Almeida. Tenho admiração por suas trajetórias e, nas próximas eleições, não há dúvida de que todos eles terão votos dentro da minha própria estrutura familiar. O que escrevo abaixo não é um ataque nem um panfleto. É um retrato fiel do agora, fruto de horas de pesquisa, checagem, entrevistas e comparações. Num tempo em que a liberdade de expressão parece vigiada e a opinião virou terreno minado, afirmo com serenidade: escrevo porque posso, porque devo e porque entendo que é esse o papel de quem observa o presente com responsabilidade jornalística e compromisso com a verdade factual.
A administração de David Almeida chega a 2025 com uma virtude rara na política local: é escalável. A palavra não é jargão vazio; descreve um ciclo de entregas, comunicação e governabilidade que cresce sem perder eficiência, ampliando resultados a cada rodada. É essa arquitetura — e apenas ela — que o leva, por gravidade política, à condição de pré-candidato natural. A estabilidade eleitoral é efeito direto da gestão, não de padrinhos. E justamente essa força autogerada torna mais aguda a sinuca de bico: apoiar simultaneamente Omar Aziz e Eduardo Braga rende musculatura institucional, mas cobra pedágio de coerência e de espaço futuro.
Escalabilidade testada: a trajetória que comprova o método
David Almeida não chegou ao poder executivo por acidente. Sua trajetória comprova, na prática, o que significa construir uma carreira política escalável. Líder comunitário, vereador, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas e agora prefeito de Manaus — cada degrau foi uma escola de escala. Em cada função, aplicou o mesmo método: criar sistemas replicáveis que funcionam independente da pessoa, mas que a pessoa domina completamente.
Essa experiência acumulada explica por que sua gestão municipal não tropeça nos erros típicos de estreantes. Ele sabe que políticas públicas eficazes nascem na base, escalam por estruturas intermediárias e se consolidam no topo. O Pista Livre de hoje é o DNA do líder comunitário que aprendeu a resolver problemas de rua. O Sou Manaus carrega a sofisticação do ex-presidente da Assembleia que compreende como articular agendas complexas. É isso que diferencia gestão escalável de improviso bem-intencionado.
Gestão escalável: como a máquina gera estabilidade e projeção
Escalável porque combina três camadas que se retroalimentam. Primeiro, entregas replicáveis e de alto impacto popular — do Pista Livre, que devolve a rua às pessoas, ao reforço de zeladoria e mutirões de saúde, passando pela revitalização do Centro Histórico e pela expansão do calendário cultural. Segundo, comunicação que transforma obra em narrativa, com dados simples, linguagem direta e presença constante nas redes, onde o prefeito atua como creator sem perder o tom institucional. Terceiro, costura política pragmática que abre portas e acelera convênios, sem travar o dia a dia.
O resultado é estabilidade: aprovação sobe, ruído baixa e a agenda mantém cadência. É essa estabilidade — escalável — que o legitima como pré-candidato. Não é um convite; é uma consequência.
Sou Manaus e Pista Livre: protótipos que escalam
O Sou Manaus virou plataforma: fomenta economia criativa, ativa o Centro, eleva o orgulho local e rende mídia orgânica nacional. É um protótipo de política pública escalável porque integra cultura, turismo e desenvolvimento em um modelo replicável e previsível. Um ex-deputado estadual sabe que políticas culturais não são gastos — são investimentos em identidade que geram dividendos eleitorais duradouros.
O Pista Livre segue a mesma lógica de baixo custo e alto retorno: ativa convivência, saúde e comércio de bairro, gera pertencimento e cria um ciclo virtuoso de prestação de contas a céu aberto. Ao institucionalizar ritos, calendários e indicadores, a gestão reduz dependência da figura do prefeito e aumenta capacidade de escalar. É o olhar de quem começou como líder comunitário: política pública que não melhora o cotidiano das pessoas não escala para lugar nenhum.
Presença comunitária e lastro familiar: capilaridade que sustenta a escala
A presença nos bairros e os laços familiares no jogo político funcionam como rede de distribuição da política pública. Essa capilaridade acelera respostas, desarma conflitos locais e dá ritmo às entregas. O risco de personalismo existe, mas a blindagem vem com metas, protocolos e manutenção pós-inauguração — elementos que, quando publicados, transformam carisma em sistema. Quem passou pela Assembleia Legislativa entende que política sem institucionalização é fogo de palha.
A sinuca de bico: apoio a Omar e Eduardo sem perder autoria
Apoiar Omar Aziz e Eduardo Braga amplia alavancagem orçamentária e governabilidade. É, ao mesmo tempo, uma sinuca de bico.
Benefícios: acesso a Brasília e ao Estado, priorização de obras, estabilidade legislativa e proteção em pautas estratégicas.
Custos: disputa por autoria das entregas, sobreposição de palanques e expectativa de alinhamento total em agendas que, por vezes, divergem.
A equação só fecha se a narrativa for cristalina: a gestão de David é a plataforma escalável que produz a estabilidade e puxa os apoios — não o contrário. Na prática, isso exige disciplina comunicacional para atribuir corretamente os méritos e transparência contratual para evitar captura de agenda. A experiência como presidente da Assembleia ensinou que alianças bem calibradas amplificam resultados; mal calibradas, diluem autoria e drenam capital político.
Centro Histórico e legado: do evento ao ecossistema
A requalificação do Centro prova a tese da escala: iluminação, segurança de proximidade, incentivos ao comércio e agenda cultural contínua criam fluxo recorrente. Para consolidar legado, a próxima camada é habitação, uso misto e serviços ancorados em instrumentos urbanísticos que facilitem retrofit. É a transição do evento para o ecossistema — passo essencial para manter a curva de resultados sem depender de janelas midiáticas. Quem ocupou cadeiras legislativas sabe que obras que não se sustentam sozinhas viram problema para o sucessor.
Métricas e transparência: combustível da estabilidade
Estabilidade eleitoral não é sensação; é mensurável. Filas na saúde, tempos de resposta da zeladoria, adesão ao Pista Livre, ocupação hoteleira no Sou Manaus e evolução do comércio no Centro precisam estar em painéis públicos. Publicar métricas com frequência transforma popularidade em confiança — e confiança em autorização política para dar o próximo salto: a etapa mais cara e menos fotogênica, que envolve drenagem, saneamento e mobilidade estrutural.
Comunicação: escalável porque é sistema, não campanha
A performance digital funciona porque tem método. A gestão organiza funis de conteúdo (aspiração, prova social, conversão), usa formatos nativos de rede, responde rápido em crises climáticas e traduz obra complexa em benefício cotidiano. Essa cadência diminui dependência de "grandes anúncios" e sustenta aprovação nos intervalos entre inaugurações — mais um traço de escalabilidade. A experiência legislativa ensina que comunicação eficaz é aquela que funciona nos 365 dias do ano, não apenas nos 90 dias de campanha.
Próximos passos para manter a escala sem perder autoria
Conclusão: escalabilidade como destino político
David Almeida chega ao patamar de pré-candidato ao Governo do Amazonas, não por patrocínio, mas porque sua administração provou ser escalável e geradora de estabilidade eleitoral. Sua trajetória — da base comunitária ao comando do executivo — demonstra que escalabilidade não é conceito teórico, mas método testado na prática. É essa mesma força que o coloca na sinuca de bico de apoiar, ao mesmo tempo, Omar e Eduardo — apoio que amplia potência, desde que não dilua a autoria. Se mantiver método, métricas e narrativa, a gestão segue escalando e a estabilidade se converte em capital político sustentável. Afinal, políticos que constroem carreiras escaláveis não param na prefeitura — apenas fazem dela o laboratório para voos maiores.
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