A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Núcleo de Populações Prioritárias e Vulneráveis (NUCPPV), promoveu nesta quarta-feira, 24, em Rio Branco, um encontro com representantes do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Alto Rio Purus, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e parceiros da Rede Intersetorial de Saúde Mental. O objetivo foi definir estratégias para qualificar a assistência à população indígena Kulina/Madjá de Manoel Urbano, considerada de recente contato.
Durante o encontro, foram debatidas propostas para aprimorar os fluxos de regulação de pacientes indígenas, a implantação de um sistema unificado de informações, a ampliação do uso do telessaúde como ferramenta de apoio diagnóstico e o fortalecimento dos núcleos ampliados de saúde indígena (Nasi) nos serviços do Estado.
“Precisamos garantir assistência integral, respeitosa e resolutiva nos territórios indígenas do Acre e para isso precisamos trabalhar juntos, envolvendo os parceiros para que o plano saia do papel”, destacou a chefe do núcleo, Irlene Bandeira.
O alinhamento também reforçou a importância da Portaria nº 2663, de 11 de outubro de 2017, que estabelece incentivo financeiro para instituições de saúde que atendem populações indígenas e prevê o fortalecimento dos núcleos de saúde indígena nos estabelecimentos de saúde do Estado. A normativa foi citada como fundamental para a estruturação e ampliação das ações voltadas a essa população.
Presente na discussão, o representante do Conass e responsável pela pauta de saúde indígena no colegiado, Haroldo Pontes, destacou a relevância de inserir essas pautas em câmaras técnicas e fóruns nacionais. “É fundamental que pautas sensíveis como a saúde mental indígena sejam debatidas e amplificadas em colegiados, para que avancemos em soluções que respeitem as especificidades culturais e sociais desses povos”, ressaltou.
Do Dsei-Alto Rio Purus, Caroline Oliveira afirma que o fortalecimento da rede intersetorial representa um avanço no cuidado humanizado e na redução de danos. “A atuação integrada potencializa as respostas do sistema de saúde às demandas específicas da nossa população indígena, principalmente em saúde mental, em que o acompanhamento próximo faz toda a diferença”, disse.
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