Os estudantes da Escola de Ensino Fundamental Novo Horizonte, de Porto Acre, foram contemplados na tarde desta quinta-feira, 24, com o projeto “Boca de forno – no tempo dos avós de nossos avós”, do Grupo do Palhaço Tenorino (GPT), que faz um resgate das “brincadeiras de antigamente”, com uma peça inspirada no dramaturgo acreano Gregório Filho. O projeto tem financiamento do Fundo Estadual de Cultura (Funcultura) do governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM).
As primeiras apresentações foram realizadas nos dias 10 e 11 de abril no Espaço Criança da Biblioteca Pública de Rio Branco, e hoje os artistas estarão na Escola Franklin Roosevelt, em Plácido de Castro, levando música, poesia e arte para crianças e adolescentes.
A coordenadora do projeto, Marília Bonfim, disse que uma das maiores alegrias do artista é poder levar seu trabalho para a comunidade, principalmente quando esse alcance atinge o público nos municípios e, nesse caso, o investimento público é essencial.
“Temos uma alegria redobrada em poder levar nossa arte aos estudantes do interior. O Grupo do Palhaço Tenorino conseguiu esse alcance graças ao Funcultura e ao apoio da FEM. Esperamos continuar acreditando que vamos proporcionar esses momentos de aprendizado muitas vezes, porque a criança tem direito à arte e o retorno desse trabalho, no rosto do público, é muito gratificante”, enfatiza a artista e educadora.
A diretora da Escola Novo Horizonte, Geldimar Feitosa, destaca a importância dessas atividades lúdicas no ambiente escolar: “A cultura deve estar presente na vida dos estudantes, que na maioria das vezes não têm acesso por morarem no interior do estado. A vinda do GPT para cá foi muito gratificante”.
A atriz mirim Mel Zanatta, integrante do GPT, foi a mais tietada pela plateia após o espetáculo. Aos 10 anos, Mel já reconhece a importância da arte para as crianças. “Estou muito feliz em participar desse projeto; todo dia aprendo alguma coisa nova também. Por exemplo, aprendi que, assim como no teatro, temos que viver em harmonia com a coletividade para fazermos as coisas darem certo”, contou.
Um dos mais importantes personagens da cultura acreana, Francisco Gregório Filho (1949-2022) foi um ativista cultural, ator, diretor, produtor, escritor, contador de histórias e gestor de cultura, projetando-se também no cenário nacional das letras e das artes em geral.
Natural de Rio Branco, foi presidente da Fundação Elias Mansour (FEM). Também colaborou com a elaboração do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, implantado em 1992 na Biblioteca Nacional.
Gregório Filho deixou importante legado de publicações para o público infanto-juvenil. Os mais de 40 anos dedicados a oficinas de formação de contadores de história e às políticas públicas para a leitura, no Rio de Janeiro (RJ) e em outras cidades do país, valeram a Gregório a Ordem do Mérito do Livro da Fundação Biblioteca Nacional (2006), honraria atribuída em reconhecimento da longa trajetória de serviços prestados à causa do livro e à formação de leitores.
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