A noite desta segunda-feira (24) foi marcada por uma sessão especial, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), para celebrar os 130 anos da presença das Filhas de Maria Auxiliadora no Estado. De iniciativa do deputado Eduardo Botelho (União Brasil), que entregou Moção de Aplausos aos representantes da congregação Salesiana, também contou com o lançamento do livro Paróquia São Gonçalo, Berço da Ação Missionária da Família Salesiana em Mato Grosso – 1894-2024, escrito pelo padre Tiago Figueiró, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.
O evento contou com apresentações de cordel e do coral Vozes do Coração, sob a regência do maestro, professor Jonathan Figueiredo, do Colégio Coração de Jesus, que completa 80 anos, em 2025.
Botelho destacou a importância do trabalho desenvolvido que abrange a religiosidade, a fé, a educação e saúde, além da missão com os povos indígenas.
“Temos que homenagear essas pessoas, pois quando o Estado estava começando, Cuiabá estava começando, mesmo com todas as suas dificuldades, os salesianos já estavam trazendo a mão amiga, já estavam levando a fé, a esperança para as pessoas. Então, nós temos que render essa homenagem que é mais do que justa, mais do que merecida. Os salesianos são pioneiros em todas essas áreas, inclusive, levando a pregação para os índios, levando a catequese. Foram importantes, sob todos os aspectos, para a cultura mato-grossense”, afirmou o deputado.
O padre Figueiró falou sobre a Rede Salesiana no Brasil e citou a força salesiana presente em mais de 130 países, que engloba a educação e assistência social. Considera o trabalho importante à valorização da cultura local.
“Por exemplo, o nome Paróquia São Gonçalo, a paróquia foi criada pela Assembleia Legislativa, em 1843. São Gonçalo é a primeira devoção que chegou aqui com os bandeirantes. O bairro São Gonçalo, do Porto, é uma relíquia histórica que nós devemos valorizar. E os salesianos estão cultivando essa bela história do nosso estado. Receber essa homenagem é uma honra muito grande, porque é um reconhecimento de uma realidade que veio realmente para construir esse Estado, ajudando tantas pessoas que migraram, inclusive valorizando os povos originários dessa terra. E os salesianos estão muito gratos, juntamente com as irmãs salesianas, e nós formamos uma grande família chamada Família Salesiana”, afirmou padre Figueiró.
Ao destacar os 80 anos do Colégio Coração de Jesus, que tem mais de mil alunos matriculados nos ensinos Fundamental e Médio, a diretora do Colégio, irmã Rosângela Maria Clemente informou que as comemorações seguem com missa solene, às 19 horas, no próximo dia 4, na Paróquia São Gonçalo, do Porto, primeira igreja aonde as irmãs chegaram à Capital. Já no dia 24 de maio, será a Festa de Maria Auxiliadora. Ressaltou os desafios enfrentados há 130 anos pelas irmãs que vieram de países como Uruguai e Itália e também de São Paulo, para desenvolver as ações passando pelo Asilo Santa Rita, povos originários e Santa Casa de Misericórdia.
“O trabalho se espalhou por todo o estado. Inclusive fomos abrindo várias comunidades, sobretudo no campo da educação para a nossa missão de evangelizar, de formar a pessoa integralmente, crianças, adolescentes e jovens. Nossas irmãs foram grandes e exímias professoras. Nós hoje continuamos esse legado deixado pelos nossos fundadores Dom Bosco e Madre Mazzarello. Portanto, essa homenagem na Assembleia Legislativa é o reconhecimento e valorização de todo o nosso trabalho, como Filhas de Maria Auxiliadora, Mulheres Consagradas, a serviço da educação, a serviço da assistência social”, afirmou a diretora Rosangela, que falou em nome dos homenageados.
Livro – Em noite de autógrafos, o Padre Figueiró explicou como surgiu a ideia da obra Paróquia São Gonçalo. “Primeiro foi para mim foi uma surpresa, porque cheguei aqui e falei assim: qual a história da Paróquia de São Gonçalo? Qual a história do nosso Porto? Qual a história do próprio padroeiro de São Gonçalo, do colégio? O colégio, por exemplo, começou lá na Paróquia de São Gonçalo, há 130 anos. E depois, como ali estava apertado o espaço da Paróquia, então partiu para aquela colina onde hoje se encontra o próprio colégio. Isso há 130 anos. Então, o objetivo foi primeiro eu entrar na história aqui. E isso tudo me rendeu o título de cidadão cuiabano. Eu me alegro muito com essa realidade. E quero também despertar nos irmãos aqui na sociedade, Cuiabá, de voltar-se também para essa realidade do nosso Porto, para a realidade do Rio Cuiabá. Nós precisamos conhecer a nossa história”, concluiu o religioso.
Também participaram os padres Ademir Lima de Olive8ira, inspetor em exercício da Missão Salesiana de Mato Grosso e Danilo Guedes, diretor em exercício do Colégio São Gonçalo.
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