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Darpe travado, promessas vazias: a bancada do Amazonas está isolando Rio Preto da Eva?

Nos bastidores de Rio Preto da Eva, o assunto não é outro. A população está atenta e cobra das lideranças respostas concretas. As conversas nas ruas, nas feiras e nos comércios giram em torno da demora na implementação do projeto. As promessas precisam sair do papel. O tempo para agir é agora. A bancada federal do Amazonas, o governo estadual e a Suframa precisam alinhar esforços e garantir que o Darpe saia do papel. A história cobra coragem, e o Amazonas não pode mais esperar.

29/01/2025 às 08h57
Por: Adão Gomes
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Fonte: Goolgle
Fonte: Goolgle

Darpe travado, promessas vazias: a bancada do Amazonas está isolando Rio Preto da Eva?

Adão Gomes-Jornalista

Em 24 de julho de 2020, o projeto do Distrito Bioagroindustrial da Amazônia Rio Preto da Eva (Darpe) foi apresentado ao então superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Algacir Polsin. A iniciativa, fruto de uma colaboração entre o Governo do Amazonas, a Prefeitura de Rio Preto da Eva e o Governo Federal, visava transformar a região em um polo de bioeconomia e agroindústria, gerando emprego e renda para a população local.

O projeto previa a instalação de uma unidade da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) para capacitar mão de obra especializada e estimava a implantação de 50 agroindústrias até 2025, com a criação de aproximadamente 10 mil empregos diretos, beneficiando mais de 5 mil famílias de agricultores. Entretanto, quatro anos depois, o Darpe continua travado nas malhas da burocracia, sem avanços concretos que possibilitem a materialização de seus objetivos.

A regularização fundiária é um dos principais entraves. Sem a concessão do direito real de uso das terras, que estão sob a administração da Suframa, investidores e agroindústrias hesitam em apostar no potencial da região. Falta decisão política, falta celeridade nos trâmites administrativos e, acima de tudo, falta comprometimento da bancada amazonense em Brasília para destravar o projeto. Os agricultores de Rio Preto da Eva não podem esperar até 2073 para ver sua terra se desenvolver.

A prefeita de Rio Preto da Eva, Rosiene Siqueira, ansiosa e determinada, tem cobrado insistentemente acesso aos projetos e liberação de recursos para impulsionar o município. Durante um encontro realizado em 27 de fevereiro de 2023, reunindo mais de 600 lideranças comunitárias, o Biodarpe foi o centro das discussões. Infraestrutura, regularização fundiária e assistência técnica rural foram debatidas com lideranças locais e representantes do governo estadual. A visão da prefeita é clara: fazer de Rio Preto da Eva um modelo de desenvolvimento para o interior do Amazonas.

O Governo do Amazonas, sob a liderança do governador Wilson Lima, prometeu empenho na implantação do polo agroindustrial na região. O terreno já existe, o projeto está desenhado, mas falta o destravamento da regularização fundiária e a viabilização de incentivos para que as agroindústrias possam se estabelecer. Não basta discursos; é preciso ação.

A bancada federal do Amazonas precisa sair da inércia e trabalhar ativamente para que esse distrito não se torne apenas mais uma promessa não cumprida. Hoje, a representação amazonense no Congresso Nacional é composta pelos seguintes parlamentares:

Deputados Federais:

  • Amom Mandel (Cidadania)
  • Capitão Alberto Neto (PL)
  • Pauderney Avelino (União Brasil)
  • Silas Câmara (Republicanos)
  • Átila Lins (PSD)
  • Sidney Leite (PSD)
  • Adail Filho (Republicanos)
  • Fausto Santos Jr. (União Brasil)

Senadores:

  • Eduardo Braga (MDB)
  • Omar Aziz (PSD)
  • Plínio Valério (PSDB)

O silêncio da bancada é ensurdecedor. A população precisa de representantes comprometidos, que defendam de forma incisiva a liberação dos recursos e a implementação do Darpe. Não é uma questão de ideologia, é uma questão de compromisso com o futuro do Amazonas.

O presidente da Associação de Produtores Rurais de Rio Preto da Eva, Anderson Silva, tem sido uma voz ativa na defesa do setor agroindustrial no interior do estado. Ele percorre municípios, mobiliza produtores e cobra medidas efetivas para garantir que os agricultores tenham acesso a infraestrutura, financiamento e mercados. Sua luta é a luta de milhares de trabalhadores que enxergam no setor agroindustrial uma saída para a falta de oportunidades e o abandono histórico do interior do Amazonas.

A bioeconomia é o caminho para um Amazonas forte e sustentável. O Brasil não pode continuar ignorando o potencial produtivo de regiões como Rio Preto da Eva. Cada dia de espera significa empregos não gerados, oportunidades desperdiçadas e uma população que segue marginalizada pelo descaso e pela negligência política.

Nos bastidores de Rio Preto da Eva, o assunto não é outro. A população está atenta e cobra das lideranças respostas concretas. As conversas nas ruas, nas feiras e nos comércios giram em torno da demora na implementação do projeto. As promessas precisam sair do papel. O tempo para agir é agora. A bancada federal do Amazonas, o governo estadual e a Suframa precisam alinhar esforços e garantir que o Darpe saia do papel. A história cobra coragem, e o Amazonas não pode mais esperar.

E o que dizer do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva? Quais são as providências efetivas que ele tem tomado? A população de Rio Preto da Eva exige respostas e, mais do que isso, medidas concretas para que o distrito bioindustrial se torne uma realidade. Chega de omissão, é hora de agir.

O Amazonas não pode mais permitir que suas potencialidades sejam ignoradas. Rio Preto da Eva é apenas um exemplo do descaso com o interior do estado. As riquezas naturais e as oportunidades de bioeconomia precisam ser transformadas em desenvolvimento real, e isso depende de decisão política. A pergunta que fica é: quantos anos mais a população precisará esperar para ver esse projeto sair do papel?

A sociedade exige ação. O Darpe não pode se tornar mais um projeto esquecido em gavetas burocráticas. A bancada federal precisa se posicionar, o governo estadual precisa pressionar e a Suframa precisa agilizar as etapas necessárias. A inércia política não pode continuar sendo a resposta para uma população que clama por progresso e oportunidades.

Para mais informações, acesse a matéria original: Rio Preto da Eva não pode esperar até 2073 para destravar a bioeconomia e regularizar suas terras.

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