Com apoio do governo do Estado, Acre sedia primeira edição do Fashion Revolution Brazil na Praça da Revolução

A costureira Elane Bernardo Oliveira, moradora do Conjunto Rui Lino foi uma das milhares de profissionais que se conectou mundialmente, a partir das 16h (horário local) por meio do movimento internacional Fashion Revolucion Brazil que aconteceu neste sábado, 26. Em Rio Branco, a edição aconteceu com apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), na Praça da Revolução.

“Para mim foi uma experiência nova que levarei adiante. Oportunidade de montar roupas de forma muito mais criativa e com baixo custo”, comentou dona Eliane.

Com oficina coordenada pela especialista em moda ecológica, Dheymm Oliveira, as costureiras apresentaram as peças que foram montadas a partir da filosofia de moda limpa, segura, justa, transparente, diversa e responsável. “É uma inovação para minimizar os impactos da revolução industrial pelo qual sofremos há um século e meio. Essa parceria com o governo do Estado foi fundamental para que a gente pudesse realizar pela primeira vez no Acre esse movimento global”, destacou Dheymm.

A empresária Elaine Guimarães afirmou que a moda criativa tende a fomentar o mercado oportunizando trabalho para mulheres que estão na informalidade. “Não apenas senhoras, mas, jovens que muitas vezes chegam na minha empresa querendo trabalhar sem ter nenhuma experiência”.

A presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções e Correlatas do Estado do Acre, Raimunda Holanda de Paula, fez questão de prestigiar o movimento. Para ela, a moda não seria nada sem as mulheres incríveis e revolucionárias que mantêm esse movimento vivo.

“No Acre nós temos o exemplo do Comprac que mantém essa atividade viva, valorizada, a moda criativa chegou pra ficar, vai ajudar a construir uma indústria justa, responsável e sustentável, sem tanta poluição. Estou feliz de participar dessa ação em parceria com o governo”, analisou Raimunda.

O titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, destacou a participação das costureiras de Rio Branco que de forma voluntária ajudaram na construção do movimento que aconteceu de forma simultânea em 109 cidades do Brasil. Mesquita quer levar as oficinas de moda criativa às regionais da capital e nos municípios do estado.

“A ideia é buscar recursos para que mais oficinas como esta ocorram nas nossas regionais e também nos municípios. Esse é um mercado promissor que valoriza a originalidade e a individualidade, abrindo espaço para o trabalho não somente de costureiras, mas, designers independentes, estilistas e outros profissionais da área que buscam romper com padrões tradicionais e criar tendências inovadoras”, disse Mesquita.

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