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Semas alia ESG ao licenciamento ambiental e fortalece coletivo de mulheres erveiras com capacitação e equipamentos

Iniciativa promove bioeconomia, turismo de base comunitária e valorização do conhecimento tradicional em Marudá

12/04/2025 às 20h01
Por: Adão Gomes Fonte: Secom Pará
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Foto: Daniel Lima - Ascom Semas
Foto: Daniel Lima - Ascom Semas

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) promoveu uma ação estratégica de fortalecimento da bioeconomia local no distrito de Marudá, em Marapanim, nordeste do Pará, na quinta-feira (10). Por meio de um arranjo institucional que integra práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) ao licenciamento ambiental, foram entregues equipamentos ao grupo de mulheres Erveiras Erva Viva, referência na produção artesanal de fitoterápicos no Pará.

A ação do Programa Regulariza Pará é resultado da articulação entre a Semas, a Universidade Federal do Pará (UFPA) e as empresas Aura Minerals e Fermavi Eletroquímica, no âmbito das contrapartidas previstas em processos de licenciamento ambiental. A entrega ocorreu após a conclusão de um curso de capacitação, com três módulos, voltado à organização do Arranjo Produtivo de Fitoterápicos Artesanais como parte da cadeia do turismo de base comunitária.

Com quase 30 anos de atuação, o grupo de mulheres Erva Viva cultiva, processa e transforma ervas medicinais em remédios naturais, com base em saberes tradicionais transmitidos por gerações.

A ação de fortalecimento da infraestrutura do trabalho coletivo incluiu fogão industrial, ar-condicionado, computador, impressora, liquidificador industrial, triturador elétrico de cascas, entre outros itens que agora reforçam a condições físicas e operacionais de trabalho do grupo, ampliam sua capacidade de produção permitindo ganhos de escala e qualidade na gestão e comercialização.

"Estamos muito felizes com a capacitação que tivemos junto com a equipe da Universidade e da Semas. Acredito que todas as mulheres do grupo estão comemorando essa grande conquista. Isso nos dá ainda mais força para continuar com nosso trabalho, agora com mais estrutura e apoio", celebrou Socorro da Silva Ferreira, coordenadora do grupo Erva Viva.

A ação reforça o modelo adotado pela Semas de utilizar o licenciamento ambiental como instrumento para a promoção de políticas públicas com impacto social direto, aliando conservação ambiental, valorização cultural e geração de renda.

"É uma alegria para nós apoiar o desenvolvimento e a manutenção do conhecimento tradicional das mulheres erveiras de Marapanim. Essa ação do Programa Regulariza Pará está inserida no plano de Bioeconomia do Estado, viabilizada por meio do licenciamento ambiental da Semas, em diálogo com as empresas. No contexto de alinhamento entre política pública e práticas empresariais de impacto social positivo, conseguimos desenvolver essa ação de entrega à comunidade. O apoio de todas as instituições aqui presentes é fundamental para que possamos continuar preservando o valor cultural, simbólico e territorial do conhecimento tradicional e do trabalho que essas mulheres realizam há tanto tempo", destacou o secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos.

Inovação a partir da tradição

Além da doação de equipamentos, o curso técnico promovido com apoio do Laboratório de Etnofarmácia (LaEf) do Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da UFPA permitiu que as participantes aprimorassem conhecimentos sobre organização produtiva, boas práticas de produção e inserção no mercado local e turístico. A ação de capacitação também foi realizada em parceria com a Ambiotecs e Amazônia Futura.

"Foi um passo muito importante para o grupo ter recebido esses materiais. A Secretaria tem um papel fundamental para nós, sempre nos atende com educação e respeito. De toda forma, isso demonstra o compromisso do governo com o fortalecimento dessas organizações populares. As mulheres estão assumindo o protagonismo aqui, buscando alternativas, e estamos conseguindo", afirmou Maria de Nazaré Sá, erveira e secretária do grupo.

A ação se alinha ao Plano Estadual de Bioeconomia e às diretrizes de desenvolvimento sustentável do Governo do Pará, que vê nas comunidades tradicionais elementos-chave para a construção de um novo modelo de economia da floresta.

Texto de Mário Gouveia e Jamille Leão

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