Fundação Hemopa realiza 1º Encontro Sobre Produção Técnico-Tecnológica nas Residências em Saúde

A sede da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), em Belém, recebeu nesta sexta-feira (4) o 1º Encontro Sobre Produção Técnico-Tecnológica nos Programas de Residência em Saúde do Estado do Pará. O evento reuniu profissionais, residentes, docentes e gestores para debater os avanços, desafios e experiências relacionadas à produção técnico-tecnológica no âmbito das residências em saúde.

As produções técnico-tecnológicas desenvolvidas nos programas de residência cumprem um papel essencial na inovação dos serviços e na qualificação profissional, ao incluírem desde protocolos assistenciais, softwares, materiais educativos e simuladores, até plataformas de ensino e soluções digitais aplicadas à gestão do SUS (Sistema Único de Saúde). Além de promover a integração entre ensino e serviço, essas iniciativas geram conhecimento aplicado, fortalecem a formação acadêmica e contribuem com práticas replicáveis, que elevam a qualidade do atendimento à população.

A ação é executada pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa (Nepes) da Fundação Hemopa, em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa), e visa fortalecer esse eixo da formação dos residentes, por meio da troca de experiências e da construção de soluções inovadoras para os desafios do SUS.

“Este evento inovador tem como objetivo principal promover um espaço de diálogo e reflexão sobre a importância da produção Técnico-Tecnológica no âmbito dos programas de residência em saúde do Pará, incentivando a troca de experiências e o debate de ideias entre os atores, peças fundamentais para o fortalecimento e aprimoramento da formação dos residentes, e para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o SUS”, destacou a gestora do Nepes, Eidy Ferreira.

Avanços e digitais- A programação contou com palestra magna, talk show, mesa-redonda e roda de conversa, abordando temas como desenvolvimento participativo de produções tecnológicas, uso de tecnologias digitais, experiências exitosas em residências e os desafios na construção de produtos técnico-tecnológicos no contexto multiprofissional.

Responsável pela palestra de abertura, a enfermeira Elisabete Teixeira, professora aposentada da Uepa e professora visitante do Proenspe, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), apresentou uma proposta baseada no desenvolvimento participativo como modalidade de produção tecnológica.

“A palestra tratou de uma das modalidades de produção tecnológica, que é o desenvolvimento participativo. O objetivo foi divulgar essa estratégia para que, quem sabe, os residentes possam utilizá-la em seus trabalhos de conclusão de residência”, explicou. “A ideia foi socializar, trazer casos exemplares, divulgar nossas bibliografias e ampliar a utilização dessa modalidade entre residentes e profissionais que atuam ou pretendem atuar como orientadores ou coorientadores”, completou.

Integração- Para a médica Larissa Francês, diretora Técnica da Fundação Hemopa, a iniciativa representa um avanço importante na integração entre formação e inovação tecnológica na saúde pública. “Essa jornada é uma jornada excelente. A doutora Elizabeth é extremamente conhecedora do assunto. Ela consegue transformar um assunto que, talvez, seja uma dificuldade para alguns, de uma maneira leve, simples, e que todo mundo pode usar, participar, pensar e construir tecnologias dentro da residência”, ressaltou.

Ela também enfatizou o impacto positivo da atividade para o SUS. “Isso, para a gente, traz um ganho muito grande de conhecimentos. Em nome da Fundação Hemopa e da presidência, agradecemos muito aos colaboradores, aos palestrantes — e a ela, em especial. Isso é o presente, e não temos mais como retroagir. As tecnologias estão aí para serem usadas, para fomentar e melhorar o nosso sistema de saúde, que é o SUS”, completou Larissa Francês.

Participante do evento, a enfermeira Élida de Andrade, residente do Programa de Atenção à Clínica Especializada em Cardiologia, da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) e da Uepa, destacou a relevância do tema para quem está em formação. “Para mim está sendo muito importante participar como ouvinte da palestra, hoje, porque o tema é muito relevante para nós como residentes. Fala sobre produção tecnológica, que na residência é muito estimulada, pois estamos vivendo a realidade do serviço do SUS”, pontuou.

“Nós encontramos muitos caminhos para melhorar os nossos serviços, somos estimulados a produzir pesquisa científica, o que valoriza o SUS e o nosso trabalho. Aqui, a gente encontra palestras que nos ajudam a ter esse estímulo, nos mostram os caminhos a seguir e soluções possíveis. Vim com a expectativa de levar ideias inovadoras para o meu projeto, alinhando ensino em serviço com produção tecnológica, para melhorar tanto o atendimento ao paciente quanto a minha formação como profissional”, acrescentou Élida de Andrade.

O encontro contou ainda com as presenças da professora Francisca Castilho, representante da Uepa, vinculada à Pró-Reitoria de Extensão, e de Margareth Braun Imbiriba, diretora de Ensino e Pesquisa do Hospital Ophir Loyola (HOL), reforçando o apoio institucional à promoção de práticas inovadoras e à qualificação dos programas de residência. Também participaram profissionais da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna e Hospital Ophir Loyola, além de docentes e preceptores da Uepa.

Texto: Ascom/Hemopa - com informações de Felipe Borges (estagiário)