A Lei nº 12.690 , de autoria do deputado estadual Fabio Tardin (PSB), Fabinho, reconhece como patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado de Mato Grosso o modo de fazer a rede várzea-grandense. O reconhecimento oficial reforça a importância dessa tradição artesanal, que há séculos preserva técnicas passadas de geração em geração. No Dia do Artesão, comemorado nesta quarta-feira (19) a nova legislação ganha ainda mais significado ao destacar o talento, a criatividade e o trabalho árduo das artesãs que transformam fios e tecidos em verdadeiras obras de arte.
“Nosso objetivo sempre foi enaltecer o trabalho dessas mulheres que preservam uma tradição secular. Com a sanção do governador Mauro Mendes (União), conseguimos transformar esse reconhecimento em lei. É uma forma de ressaltar não apenas a relevância das redeiras para Várzea Grande, mas para toda a cultura de Mato Grosso”, afirmou o deputado Fabinho.
A presidente da associação Tece Arte, Jilaine Maria da Silva, comemorou a medida e destacou o impacto positivo para as artesãs. “Esse reconhecimento valoriza nossa identidade e motiva outros artesãos de Mato Grosso, um estado tão rico em expressões culturais”, afirmou.
A nova legislação complementa a Lei Municipal nº 4.406, sancionada em outubro de 2018, que já reconhecia a rede e seu modo de produção como patrimônios culturais material e imaterial do município de Várzea Grande.
O processo de confecção das redes é totalmente manual e conduzido por cerca de 50 mulheres habilidosas. Sem o auxílio de máquinas, cada peça leva até dois meses para ser finalizada, evidenciando a dedicação e a técnica que caracterizam as Redeiras do Limpo Grande. Além de preservar a história e o conhecimento tradicional, a atividade representa uma importante fonte de renda e um símbolo da identidade cultural mato-grossense.
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