Do empreendedorismo feminino às questões ambientais na Amazônia, o II Simpósio do Projeto Casa Delas, da Fundação Santa Casa do Pará, proporcionou na manhã desta terça-feira (18) uma série de experiências e debates sobre o tema "Práticas Femininas Sustentáveis na Amazônia".
O evento foi dedicado às profissionais que atuam na Santa Casa, e propôs reflexões necessárias no ano em que o Pará receberá a maior conferência sobre mudanças climáticas do planeta, a COP 30, e dentro de uma instituição que é referência no atendimento a mulheres de todo o Estado, como ressalta a psicóloga Carolina Zaluth, responsável pelo Simpósio.
"Pensamos num tema que fizesse a alusão a esse momento que estamos vivendo, falando sobre a sustentabilidade voltada paras mulheres, para nos enxergarmos como mulheres amazônidas e propor práticas que valorizam essa diversidade de mulheres que nós temos aqui, como mulheres indígenas, pretas, quilombolas e ribeirinhas, para entendermos a importância das mulheres nesse lugar de também lutar por um mundo mais saudável, mais ecológico, mais sustentável", afirmou a psicóloga.
Saúde mental- Como abordagem das práticas sustentáveis relacionadas à saúde, a psicóloga Kláudia Sadala abordou em palestra o tema "Ecoansiedade e impactos na saúde mental", a partir de sua experiência de pesquisa de doutorado intitulada "Estudo Pessoa-Ambiente - Gênero a partir da vivência das terras caídas numa várzea amazônica: Análise do Afeto ao lugar em Fátima de Urucurituba no Eixo Forte/Santarém Pará".
Como exemplo de empreendedorismo feminino, o Simpósio recebeu a jornalista Dani Filgueiras, que falou sobre a importância do protagonismo de mulheres no empreendedorismo em diversos contextos, de espaços privados a públicos, e que junto com a empreendedora Izete Costa (Dona Nena), contou a história do empreendimento "Filha do Combu", voltado à produção de chocolates e doces regionais, passeios e gastronomia.
Cidadania- Com o tema "Mulheres Amazônidas, diversidade e inclusão", as professoras Creuza Trindade e Jane Neves refletiram sobre as "Práticas antirracistas na Amazônia", enquanto a psicóloga Renata Kramekran falou sobre "Mulheres indígenas, psicologia e arte".
Para a enfermeira Silvia Brito, os temas ajudam a conscientizar e inspirar as mulheres. "Eu achei a iniciativa muito boa, como a palestra que abordou a questão do clima e da saúde física e mental das pessoas, e também ver que as mulheres estão tomando conta do seu espaço, lutando pelos seus ideais. Como a Nena falou, por mais que demore a gente realizar, a gente não pode desistir. Isso é um incentivo para todas as mulheres", frisou a enfermeira.
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