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Belém tem capacitação sobre HIV/AIDS, Hepatites, Tuberculose e MPOX

Um sábado inteiro dedicado ao cuidado, ao conhecimento e à construção de uma rede de saúde mais preparada. Foi com esse intuito que cerca de150 pro...

31/05/2025 às 19h56
Por: Adão Gomes Fonte: Agência Belém
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Foto: Tamiris Amorim/Ascom Sesma
Foto: Tamiris Amorim/Ascom Sesma

Um sábado inteiro dedicado ao cuidado, ao conhecimento e à construção de uma rede de saúde mais preparada. Foi com esse intuito que cerca de150 profissionais da saúde de Belémse reuniram no auditório da Fundação Santa Casa de Misericórdia, para participar do Seminário Amazônico de Atualização em HIV/AIDS, Coinfecção com Hepatites Virais, Tuberculose e MPOX.

O evento, promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), teve como objetivoatualizar e integrar os profissionais da rede municipal de saúde diante dos desafios epidemiológicos atuais, oferecendo ferramentas para diagnóstico precoce, estratégias de tratamento e abordagens de acompanhamento para melhorar os desfechos clínicos da população.

Compartilhando saberes para salvar vidas

O seminário contou com a participação de especialistas de renome nacional, como o médico infectologista Bernardo Maia, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Maia é diretor do Pronto-Socorro e da UTI da instituição e trouxe sua experiência no enfrentamento à MPOX. 

“Participar deste seminário foi uma experiência inspiradora. É extremamente pertinente promover a atualização científica sobre HIV/AIDS e suas coinfecções, especialmente em regiões que enfrentam desafios específicos no enfrentamento dessas doenças.Fiquei profundamente emocionado ao ver um auditório lotado em pleno sábado — isso revela o compromisso genuíno dos profissionais de saúde de Belém com a qualificação contínua e com o cuidado às pessoas. Iniciativas como essa fortalecem a rede pública, aproximam o conhecimento técnico da prática cotidiana e salvam vidas”, destacou. 

O médico infectologista Bernardo Maia, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP) — referência nacional no tratamento de doenças infecciosas — compartilhou sua experiência no enfrentamento à MPOX e destacou a importância da troca de saberes entre os profissionais de diferentes regiões do país. - Crédito: Tamiris Amorim/Ascom Sesma
O médico infectologista Bernardo Maia, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP) — referência nacional no tratamento de doenças infecciosas — compartilhou sua experiência no enfrentamento à MPOX e destacou a importância da troca de saberes entre os profissionais de diferentes regiões do país. - Crédito: Tamiris Amorim/Ascom Sesma

Além do compartilhamento de conhecimentos técnicos e científicos, o evento também teve como foco fortalecer a humanização no cuidado. O enfermeiro Alessandro Pontes, do Casa Dia, ressaltou a importância da capacitação contínua. “Seminários como esse são fundamentais para qualificar os profissionais da saúde, desde a atenção básica até a especializada. É louvável ver uma gestão que investe na educação continuada. Isso fortalece a rede, melhora o atendimento e mostra o compromisso real com a saúde pública de qualidade”, celebrou. 

Integração entre rede e equidade no SUS

O coordenador da Referência Técnica IST/AIDS da Sesma e gerente do Casa Dia, Reginaldo Júnior, um dos idealizadores do seminário, também destacou a importância da iniciativa para garantir mais equidade na atenção à saúde. “Nossa ideia foi promover essa integração entre os profissionais que atuam em toda a rede municipal, garantindo um atendimento de qualidade e oferecendo ferramentas que permitam um olhar mais sensível e eficaz sobre essas doenças”. 

Reginaldo Júnior, coordenador da RT de IST/AIDS de Belém e um dos idealizadores do seminário, ao lado do secretário de Saúde Rômulo Nina. - Crédito: Tamiris Amorim/Ascom Sesma
Reginaldo Júnior, coordenador da RT de IST/AIDS de Belém e um dos idealizadores do seminário, ao lado do secretário de Saúde Rômulo Nina. - Crédito: Tamiris Amorim/Ascom Sesma

Estiveram presentes ainda representantes da Coordenação Estadual de HIV/AIDS, da Sociedade Paraense de Infectologia, além de profissionais dos Prontos-Socorros municipais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Casa Dia e Unidade Regional Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (URE-Dipe). 

Para a médica infectologista e presidente da Sociedade Paraense de Infectologia, Helena Brígido, o seminário representa um avanço importante para a qualificação das equipes de saúde, especialmente diante dos desafios enfrentados no atendimento cotidiano. Segundo ela, iniciativas como essa fortalecem o trabalho na ponta e promovem um cuidado mais efetivo e empático. “Participar de um evento como este é extremamente enriquecedor. Além de promover atualização técnica, ele fortalece a atuação dos profissionais que estão na linha de frente, oferecendo mais segurança e preparo para um atendimento qualificado, ético e, acima de tudo, humano. É esse tipo de iniciativa que valoriza o SUS e contribui para uma resposta mais eficaz diante dos desafios em saúde pública". 

A médica infectologista e presidente da Sociedade Paraense de Infectologia, Helena Brígido, celebrou a realização do seminário e destacou a importância da capacitação contínua para fortalecer o cuidado e garantir um atendimento mais humano e seguro. - Crédito: Tamiris Amorim/Ascom Sesma
A médica infectologista e presidente da Sociedade Paraense de Infectologia, Helena Brígido, celebrou a realização do seminário e destacou a importância da capacitação contínua para fortalecer o cuidado e garantir um atendimento mais humano e seguro. - Crédito: Tamiris Amorim/Ascom Sesma

A voz de quem vive e luta todos os dias

Usuária do Casa Dia há 20 anos, Jéssica Marajoara falou sobre a importância de espaços como este para o fortalecimento da saúde pública e da cidadania. “Discutir HIV, Mpox, hepatites e outras coinfecções é uma necessidade urgente. Sobretudo quando falamos de populações vulneráveis, como a população trans, que muitas vezes não é incluída nos debates. É um avanço ver o governo e o movimento social juntos neste diálogo”. 

Jéssica Marajoara, usuária do Casa Dia há 20 anos, destacou a importância de espaços que promovem o debate sério e empático sobre HIV, hepatites virais, tuberculose e mPox, especialmente para populações vulnerabilizadas. - Crédito: Tamiris Amorim/Ascom Sesma
Jéssica Marajoara, usuária do Casa Dia há 20 anos, destacou a importância de espaços que promovem o debate sério e empático sobre HIV, hepatites virais, tuberculose e mPox, especialmente para populações vulnerabilizadas. - Crédito: Tamiris Amorim/Ascom Sesma

Ela reforçou ainda a importância da humanização no atendimento. “A gente precisa seguir avançando, pra que essas doenças deixem de ser um susto e passem a ser compreendidas com responsabilidade e empatia”, finalizou.

Casa Dia e os desafios da capital paraense

Atualmente, cerca de11 mil pacientes vivendo com HIV/AIDS são acompanhados pelo Casa Dia, unidade especializada em atendimento a pessoas que vivem com o vírus em Belém. Diante dessa realidade, eventos como o seminário são essenciais para garantir que os profissionais da saúde estejam atualizados, sensíveis e capacitados para atuar com qualidade e humanidade.

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