Na tarde desta sexta-feira (30), a Prefeitura de Belém, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem), realizou ummutirão de cadastramento e orientaçãoparafamílias do bairro Carmelândia, com objetivo deavançar no processo de regularização fundiária urbana. A ação, ocorreu na sede da Associação de Moradores, para atendimento de cerca de500 moradoresquenão possuem Certidão de Registro de Imóvel— documento essencial para garantir aposse legal da moradia.
A programação faz parte do Programa Municipal de Regularização Fundiária Urbana de Interesse Social (REURB-S), que busca assegurardireitos às famílias em situação de vulnerabilidade, comprioridadede titularidade em nome dasmulheres, como determinam a Lei Federal nº 13.465/2017 e a Lei Municipal nº 9.733/2022.
Meta ousada
A regularização fundiária tem sido uma dasprioridades da gestãodo prefeito Igor Normando, que determinou à Codemzerar todo o passivo de cadastros herdados da gestão anterior— cadastros que estavam paralisados e sem encaminhamento para os cartórios. A proposta atual é ousada:regularizar até 40 mil famílias em um período de quatro anos, número cinco vezes maior do que os 8 mil títulos entregues pela última gestão no mesmo intervalo.
Segundo o Diretor de Gestão Fundiária da Codem, João Clóvis, a entrega do título vai muito além de uma formalidade. “A Certidão de Registro de Imóvel é mais do que um papel. Ela garante asegurança jurídica da moradia,protege contra despejose abre portas paraacesso a financiamentos,herança legale outros direitos. É um marco dedignidade e cidadaniapara essas famílias”, afirmou.
Processo nas comunidades
A ação no bairro Carmelândia é aetapa finalde um processo minucioso, que envolve desde ocadastramento e visitasaté aanálise dos documentospelas áreas jurídicas, urbanísticas e sociais. Após essa triagem, os processos serão encaminhados aos cartórios para registro oficial dos imóveis.
Para muitos moradores, como a dona de casa Sandra Córdova, de 70 anos, o momento é de alívio e esperança. “Moro aqui há mais de 30 anos e sempre tive medo de um diaperder minha casapor não ter os documentos certos. Hoje estou fazendo meu cadastro e, só de pensar que em breve vou ter meu título, já me sintomais segura e feliz”, declarou emocionada.
Seu Izan Lopes, de 69 anos, também participou do mutirão paragarantir a legalizaçãoda casa que construiu ao longo de décadas. “A gente sempre trabalhou duro pra ter umcantinho pra chamar de nosso. Agora, com esse documento, eu sei que ninguém vai tirar o que é meu. É umavitória para toda a comunidade”, afirmou com orgulho.
A iniciativa contou ainda com o apoio do 2º Cartório de Registro de Imóveis de Belém, que tem facilitado os trâmites e reduzido a burocracia para os moradores beneficiados.
A Codem reforça que aqueles que não puderam comparecer ao mutirão ainda podem buscar atendimento presencial na sede da companhia, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.
Para o cadastro, é necessário apresentar os seguintes documentos:
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