Com o intuito de expor à sociedade o que é desenvolvido no Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência Visual Ignácio Batista Moura (CAP/DV), a instituição promoveu a Feira do Conhecimento, em celebração ao Dia Nacional do Braille, neste 8 de abril.
A coordenadora do CAP/DV, Josiane Martins, reforça que a exposição foi pensada para mostrar as atividades e suportes educativos desenvolvidos no âmbito interno do centro.
“Nós pensamos em abrir a porta do centro para ofertar o conhecimento a toda a comunidade marabaense, em termos do sistema Braille. Os nossos alunos hoje estão com a proposta de mostrar para a população o que acontece aqui dentro do centro, todas as atividades desenvolvidas por eles”, afirma.
Logo de início, os visitantes recebem orientações sobre o trabalho realizado pelo CAP/DV e os espaços que constituem o centro, a saber: a orientação e mobilidade; alfabetização em Braille, salas de disciplinas do primeiro e do segundo segmentos; brinquedoteca adaptada; canto coral e flauta doce; informática; e atividade de vida autônoma.
Neste último, os alunos aprendem a ter autonomia na execução de atividades do cotidiano como tomar remédio, organizar o guarda-roupa, cozinhar e arrumar a cama, por exemplo.
A aluna do CAP/DV, Márcia Matos, participou da exposição. Ela e os colegas prepararam biscoitos e explicavam como é a cozinha para quem tem baixa visão. Márcia conheceu o centro após encaminhamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“Eu desenvolvo o Braille, capacitação para se adaptar em uma casa, como utilizar as coisas de uma coisa, ter informação para se manter no dia a dia, ter autonomia. O CAP é uma ajuda muito grande porque é muito difícil quando a gente está perdendo a visão, para se adaptar. Para mim, é uma ajuda muito grande”, comenta.
A feira do conhecimento contou com a participação de diversos públicos, que acompanharam as visitas guiadas pelos espaços onde os alunos são atendidos.
Daiana Viegas é diretora da Escola Universo GAP, que levou cerca de 30 alunos para a exposição. Para ela, é uma satisfação acompanhar a exposição de perto e apresentar aos alunos novas possibilidades.
“Nas últimas três semanas, os alunos estudaram sobre a visão. E acho que não só falar desse funcionamento biológico do olhar, mas trazer essa presença, de enxergar além do olhar, daquilo que é sensível, daquilo que eles estão aqui conhecendo a rotina. Eu acredito que isso sensibiliza. Eu acredito que todo conhecimento é libertador. Tenho certeza que as crianças saem daqui, hoje, com a bagagem maior”, ressalta.
Uma das alunas foi Elisa Maria, de 7 anos. Ela compartilha o que vivenciou nos espaços do CAP. “Eu gostei de ver como eles funcionam, assim, para como eles bebem água, fazem comida. Eu gostei bastante de ver isso. Tem vários brinquedos que eles conseguem identificar na textura de mão. Tem uma sala que a gente viu eles usando medicamentos, e até experimentou os bolinhos que eles fizeram”, destaca.
Para a coordenadora de Educação Especial da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Thais Mendes, a iniciativa é importante porque dá destaque para o Braille e a importância para as pessoas com baixa visão e cegueira.
“Hoje, o Centro de Apoio Pedagógico proporciona à sociedade que tenha conhecimento e acesso ao Braille, que é um código, uma maneira codificada de ler a vida. E uma forma de a sociedade compreender para que possa respeitar. O que a gente compreende e entende, a gente gera respeito”, afirma.
O CAP/DV existe há mais de 20 anos e é referência para os municípios da região. Atualmente, são 98 alunos provenientes da rede municipal de ensino e da sociedade em geral.
Confira outras fotos:
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes
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