A Praça São Félix de Valois, no núcleo Marabá Pioneira, foi palco de encerramento das celebrações pelos 112 anos de Marabá, no domingo, 6 de abril. Com apoio institucional da Prefeitura, o projeto “Orquestra Vai à Praça” emocionou o público com a apresentação da Carajazz Marabá Orquestra, em uma edição do espetáculo de música instrumental que vem ganhando espaço e prestígio na cena cultural local.
O evento contou ainda com a volta da já tradicional Feira do Pôr do Sol, em edição especial, e discotecagem analógica do DJ Paulo Vinil, criando um ambiente nostálgico e acolhedor para todas as idades.
Idealizado pela The Roque Produções com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o “Orquestra Vai à Praça” levou para o espaço público uma experiência musical rica e acessível, com repertório variado que encantou tanto quem já conhece música de orquestra quanto os estreantes.
“Foi muito legal! Porque toda hora parecia uma pessoa, nova… cantando?”, descreveu com espontaneidade o pequeno Auriz Miguel, de apenas sete anos, que assistiu a uma orquestra ao vivo pela primeira vez. “Novas músicas e muito animado pra brincar aqui também, gostei!”, completou, demonstrando o impacto do espetáculo em seu universo infantil.
A presença da orquestra encantou o público que lotou a praça, como destaca Milena Figueira, 35 anos.
“Eu acho um projeto belíssimo. A prefeitura está de parabéns, não só por essa iniciativa, mas por todos os projetos que têm envolvido música no município. A música tem um poder fortíssimo de envolver, de conquistar, de mudar e de transformar”, afirmou. Para ela, levar esse tipo de apresentação ao espaço público é uma forma de promover cultura e alegria para todos. “É fantástico! Olha isso! Muito gostoso, eufórico, excitante, muito agradável. Estão todos de parabéns”, completou.
Mas antes o clima nostálgico ficou por conta do discotecário Paulo Vinil, que trouxe uma seleção de músicas em vinil, relembrando os tempos em que se colocava o disco na vitrola e se apreciava música lado a lado.
“A proposta é essa: despertar o saudosismo e apresentar aos jovens uma experiência diferente. O vinil envolve história, pesquisa, memória. Fico muito feliz de ter feito parte desse momento especial de Marabá”, disse o DJ, que agradeceu à organização pelo convite.
Espaço para todos
A secretária de Assistência Social, Mônica Thompson, enfatizou o apoio da Seaspac ao evento e a importância da inclusão social dentro da feira.
“Estamos aqui com artesãos regionais, com o pessoal do CAPS e com indígenas da etnia Warao expondo seus materiais. Eles receberam até uma encomenda grande e estão muito felizes em poder produzir mais. O nosso papel é dar suporte para que essa feira continue crescendo e integrando cada vez mais pessoas”, afirmou.
Uma das expositoras foi Lena Santos, artesã do CAPS, que levou a praça os trabalhos produzidos no centro.
“Todos os produtos são feitos nas terapias do CAPS. Temos pintura, crochê e as biocrochês, que são bonecas inspiradas nas nossas carimboleiras, o grupo Pérola da Castanheira. Vendemos essas bonecas para comprar as roupas que elas usam nas apresentações culturais. É tudo feito pelos usuários, com nossa orientação. Estamos muito felizes com essa primeira participação”, contou.
A professora Katia Guedes, que recentemente se mudou para Marabá após ser aprovada em concurso público, destacou a riqueza cultural da Feira do Pôr do Sol.
“É a segunda vez que venho, e acho a feira maravilhosa. É uma oportunidade para pequenos, que na verdade são grandes, empreendedores mostrarem seus trabalhos, não só culinários, mas também artísticos, como tapetes, bordados. Tudo muito bonito e cheio de significado”, comentou, enquanto saboreava um tradicional pastel.
A Feira, que funciona desde 2018, é coordenada por Hildo Tavares, da Secretaria de Assistência Social (Seaspac). Segundo ele, a edição especial contou com cerca de 40 barracas, reunindo 100 feirantes cadastrados.
“Hoje estamos felizes em participar da programação do aniversário de Marabá. Trouxemos também a produção artesanal do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) e da comunidade indígena Warao, imigrantes acolhidos em nossa cidade”, destacou.
Celebração com grande público
O secretário de Cultura, Genival Crescêncio, comemorou o sucesso das atrações durante os três dias de celebração.
“Nada melhor do que encerrar a programação com um concerto em uma praça pública, um patrimônio cultural da nossa cidade, especialmente no bairro Cabelo Seco, onde tudo começou. Estimamos que cerca de 90 mil pessoas tenham participado dos eventos durante os três dias”, afirmou.
Presente no evento, o prefeito Toni Cunha ressaltou que a nova gestão seguirá firme no incentivo à cultura.
“Foi um sucesso extraordinário! Shows lotados, café da manhã na confluência dos rios e, agora, este encerramento fantástico com orquestra e Feira do Pôr do Sol. É um novo momento para a cultura em Marabá. Vamos continuar investindo, promovendo eventos que tragam alegria, cultura, emprego, renda e visitantes para nossa cidade. Tudo o que pudermos fazer para valorizar os nossos artistas, faremos”, garantiu.
Texto: Osvaldo Henqriques
Fotos: Paulo Sérgio
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