O Bosque Rodrigues Alves é um pedaço de 15 hectares de floresta incrustado no meio da paisagem urbana da cidade. Foi esse o cenário escolhido pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), para celebrar oDia Mundial da Floresta (21 de março) e o Dia Mundial da Água (22 de março)com uma programação cheia de atrativos para crianças e adultos. O evento, que reuniu moradores, estudantes e amantes da natureza, destacou a importância da preservação ambiental por meio de atividades educativas, exposições e oficinas.
A programação começou no dia 21, com aTrilha das Águas e Floresta, uma caminhada dedicada a estudantes, guiada por biólogos e educadores ambientais que explicaram a relação vital entre a água, as florestas e os seres vivos. Durante a trilha, os alunos aprenderam sobre como a água é essencial para a sobrevivência dos vegetais e animais, além de sua importância para o equilíbrio dos ecossistemas.
O estudante da quinta série, Davi Monteiro, de 11 anos, disse estar empolgado com o passeio nas trilhas “Faz tempo que não venho aqui, eu achei muito legal hoje, porque a gente aprendeu muita coisa e eu plantei a minha primeira árvore”
No sábado, além das atividades educativas, as crianças puderam participar daOficina de Pintura com Tintas da Terra, onde aprenderam a criar cores a partir de pigmentos naturais, como argila e carvão. Porém, o destaque foi para a exposição de Animais Vivos e Taxidermizados, popularmente conhecidos como animais empalhados, que chamou a atenção de visitantes de todas as idades. A mostra apresentou espécies da fauna local, tanto em vida quanto em exemplares preservados. Jiboias, aranha, jabuti e até uma coruja puderam ser vistos de perto e até tocados pelos visitantes, que aprenderam sobre os o comportamento desses animais, uma forma de conscientizar sobre a importância da biodiversidade.
Luiz Felipe, estudante de 12 anos, pode tocar na jiboia e disse que perdeu o medo do animal. “A gente fica com um pouco de medo mas depois percebe que ela é mansa. Ela parece que é gosmenta, mas não é, eu gostei muito da jiboia".
Cada detalhe de cada um dos estandes era minuciosamente explorado, principalmente pelas crianças. Com a curiosidade aguçada, elas queriam participar de cada atividade que era oferecida aos visitantes.
Jamily Fortunato trouxe a sobrinha Laura, de 5 anos. “Minha sobrinha gosta muito de animais. Quando soube da programação, não pensei duas vezes, vim na hora. A Laura sempre quis tocar nos animais e nessa exposição ela pode fazer isso sem susto e em segurança”
O estande de sementes também foi um sucesso, apresentando uma variedade de espécies vegetais nativas da Amazônia. Os visitantes puderam aprender sobre o ciclo de vida das plantas e a importância das sementes para a regeneração das florestas. "A água e florestas estão muito ligadas, por isso essa exposição organizada em parceria com as universidades Unama e Ufra tem como objetivo falar do movimento interativo entre florestas, água e animais e a importância de preservar a fauna, a flora e nossas fontes de água”, destacou Hellen Heguchi, veterinária Diretora do Departamento de Gestão de Áreas Especiais, responsável pela exposição.
No domingo, com o Bosque de portas abertas, gratuito, a exposição atraiu ainda mais visitantes e foi necessário reforçar a equipe para administrar tantas pessoas que queriam ter contatos com os animais e o conteúdo dos estandes. Os visitantes foram convidados a fazer o plantio simbólico de oito mudas de andiroba, cumaru, seringueira, cedro, mamorana da mata e ipê amarelo.
A programação foi encerrada com um balanço positivo, reunindo centenas de pessoas em prol da conscientização ambiental. A secretária municipal de Meio Ambiente, Juliana Nobre, destacou a importância de eventos como esse para fortalecer a conexão entre a população e a natureza. "Todos os meses nós vamos elencar datas alusivas ao meio ambiente, organizar programações e trazer as pessoas para esse espaço, intensificando as ações de educação ambiental e o Bosque Rodrigues Alves é o local perfeito para essa ação" afirmou.
A exposição encerrou ao meio-dia deste domingo, 23 de março, porém o Bosque Rodrigues Alves continuou aberto até as 16h para visitação.
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