A programação do Dia Internacional da Mulher promovida pela Guarda Metropolitana de Palmas (GMP) foi concluída nesta sexta-feira, 14, no auditório do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) – campus Porto Nacional, com uma roda de conversa entre guardas municipais de Porto Nacional e mulheres representantes da sociedade civil.
O evento teve como tema ‘Enfrentamento à violência contra mulheres e meninas’, abordado pelas subinspetoras Valdelice Ferreira Oliveira, Joana Paula Martins e Maria Aparecida Batista. Elas apresentaram um panorama da violência contra mulheres no Brasil e no Tocantins, destacando a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) como um dos principais mecanismos para romper o ciclo da violência.
Durante o bate-papo, participantes compartilharam experiências sobre ocorrências envolvendo violência contra a mulher, além de relatos emocionantes de vítimas. A educadora Helenice Carvalho Rocha, por exemplo, falou sobre sua vivência em um relacionamento abusivo. “Trocar experiências e conscientizar sobre esse tema fortalece as políticas públicas e a união das mulheres. É preciso dizer não à violência, em qualquer ambiente”, ressaltou.
A chefe do 6º Núcleo Regional de Identificação de Porto Nacional, Joana Dark, enfatizou a importância da articulação entre os órgãos de Segurança Pública para garantir políticas eficazes de proteção às vítimas. “Precisamos nos unir para informar as mulheres sobre seus direitos e nossas conquistas”, afirmou.
Projeto Mulheres que Cuidam
Outro destaque do evento foi o projeto ‘Mulheres que Cuidam’, coordenado pela psicóloga Nathanne Ribeiro Saraiva Barbosa. A iniciativa tem como público-alvo as esposas de guardas municipais e as próprias agentes de Porto Nacional, com foco na saúde mental. “Trabalhamos a identidade, autoestima e valorização da mulher. Hoje, temos 20 participantes ativas”, explicou.
A secretária da Mulher de Porto Nacional, Thayse Pereira Ribeiro, classificou o encontro como essencial para fortalecer a rede de proteção. “Precisamos ampliar esse suporte, pois muitas mulheres e meninas ainda estão desamparadas”, alertou.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e representante do Coletivo de Mulheres em Movimento, Gladis Helena Homrich, elogiou a iniciativa da Guarda Metropolitana de Palmas. “É fundamental que as mulheres saibam que há suporte jurídico e social para ajudá-las a sair de situações de violência”, pontuou. Já a vereadora Flaviane Windlin reforçou a importância do empoderamento diário entre as mulheres. “Com determinação e união, podemos construir um mundo mais justo”, afirmou.
Para a comandante da Guarda Municipal de Porto Nacional, Adriana Carneiro, que participou do evento acompanhada da mãe, Edizia Carneiro, o encontro foi enriquecedor. “Foi uma experiência valiosa para nós, guardas municipais, e reforçou a importância de levar informação e fortalecer a rede de proteção às vítimas de violência”, disse.
Encerrando as falas, a subinspetora da Guarda Metropolitana de Palmas, Maria Aparecida, destacou que os objetivos das ações pelo Dia Internacional da Mulher foram alcançados. “Ouvimos relatos de mulheres de diferentes idades que enfrentaram violência. Isso reforça nosso compromisso em oferecer acolhimento adequado e garantir que as vítimas saibam que não estão sozinhas”, concluiu.
Texto: Márcio Greick
Edição: Iara Cruz
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