Pais e mães atípicos estão convidados a participar de uma vasta programação realizada pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Folha 13, na Nova Marabá. É a campanha Abril Azul, de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A abertura ocorreu nesta segunda-feira, dia 07 de abril.
A coordenadora do CRAS da Folha 13, Cynthia Hoana, ressalta que é importante promover ações como essa, pois dão suporte aos pais atípicos durante a caminhada com os filhos, após o diagnóstico. A informação de qualidade é essencial.
“Queremos trazer não somente a conscientização, mas fazer esse trabalho de levar a informação para essas mães. O nosso público são as mães atípicas da Rede de Apoio de Mães e Pais Atípicos (Rampa), as crianças, porque não se fala de autismo sem o público, então, é muito importante que elas estejam aqui”, comenta.
O público pôde contar com palestras sobre o apoio especializado para mães e pais de crianças com autismo, os principais cuidados e orientação sobre a seletividade alimentar, característica comum em pessoas com TEA, cuja palestrante foi a nutricionista Marta Aires, especialista nesse segmento. Ela esclarece que é imprescindível abordar o tema porque muitas pessoas não compreendem as causas da seletividade alimentar.
“Muitas pessoas acreditam que a seletividade alimentar é frescura, é manha, é culpa dos pais porque não ofertaram esses alimentos para as crianças e, na verdade, a seletividade alimentar está relacionada a vários fatores, questões sensoriais, questões orgânicas; pode ter alergias alimentares envolvidas, intolerância alimentar, problemas gastrointestinais, então, isso tudo precisa ser investigado. A seletividade alimentar tem tratamento. Não é o fim. As crianças podem voltar a comer de forma adequada e se tornarem crianças ou adolescentes nutridos”, explica.
As crianças típicas e atípicas participaram de atividades adaptadas de raciocínio lógico, estimulação cognitiva, empilhamento, paletes para montagem e pintura adaptada. As atividades foram conduzidas por acadêmicos de psicologia da Faculdade Anhanguera.
Sinéia Nascimento faz parte da Rede de Apoio de Mães e Pais Atípicos (Rampa) há dois anos, quando ela descobriu que a filha, com Síndrome de Down, também é autista. Ela pontua que a experiência em rede é importante para fortalecer o apoio entre mães e pais atípicos e compartilhar experiências.
“A gente ajuda outras mães que estão iniciando nessa caminhada, quando descobre o diagnóstico. É um período muito difícil. É doloroso, às vezes, para a família porque tem gente que não tem conhecimento. O nosso foco principal é ajudar a criança, desenvolver essa criança, porque todo mundo tem potencialidade. A outra importância é a informação, informar a sociedade porque todo conhecimento é bem-vindo. Quando a gente divulga esse conhecimento, quando a gente conscientiza a sociedade, a gente tem mais pessoas preparadas para acolher”, afirma.
A programação da Campanha Abril Azul conta ainda com contação de histórias e apresentação de recursos pedagógicos no dia 10 de abril. Já no dia 15 tem palestra sobre benefícios sociais e acesso aos serviços do CRAS como Cadastro único e Benefício de Prestação Continuada – BPC Loas. Na sequencia, no dia 16, há roda de conversa com psicóloga, como espaço de apoio emocional, cuidado mental com mães atípicas e desafios e estratégias de cuidado emocional. O encerramento acontece no dia 29 com uma tarde de atividades lúdicas, jogos e brincadeiras inclusivas. Todas as atividades começam a partir das 14 horas, na sede do CRAS, na Folha 13, Nova Marabá.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes / Divulgação
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